Dez anos depois, A Cartilha está de volta.

25/08/2008

Cobardes ou Prudentes

"É vergonhoso, escandaloso, que no nosso país os guardas sejam agredidos, rasgados, levem pontapés e fiquem quietinhos para não ter problemas ainda maiores"

Declarações de um Cidadão de Loulé que assistiu ao espancamento de 3 guardas da GNR por um grupo de 4 ou 5 indivíduos, ao que tudo indica de etnia cigana. Os guardas, embora com preparação física, militar e equipados com armamento para estas situações, a preferirem sacrificar o corpo em vez de lutar em nome do interesse nacional e da segurança de Portugal. Será que estavam com medo de levarem um processo em cima? Ou foi porque leram alguma crónica da Fernanda Câncio?

8 comentários:

Anónimo disse...

A polícia tem que mostrar autoridade e mais nada. Certos casos de violência contra a policia acontecem porque há agentes e guardas que vestem a farda tamanho XS e não compensam essa falta de estatura com personalidade forte! Em Lx, para onde mandam os que acabam de sair da Escola de Policia já vi coisas de bradar aos céus, de policias que andam encolhidos e olham para o chão. Compreendo que quando actuam também têm que se meter em sarilhos burocráticos, mas apresento a solução!!!
Acabar com a burocracia era a primeira coisa. Depois, podem passar pelas obras e por diversos ginásios de musculação e observar a quantidade de armários provenientes da Europa de Leste que gostariam de ter uma oportunidade para trabalhar fora das obras e que não teriam qualquer tipo de receio em ir à guerra!

Anónimo disse...

Claro, já cá faltava a solução da mão de obra imigrante para combater a criminalidade!!!! Esta é completamente nova, e a ideia mais disparatada que já ouvi.
Imigrantes da europa de leste, deixariam as obras, para combater o crime,cometido em grande parte pelos seus compatriotas, só porque são grandes e musculados. Muito bom mesmo.Parabéns.

Anónimo disse...

Concordo que a ideia é totalmente disparatada. Ainda vivemos nos resquicios da era em que quem não queria ou não sabia fazer nada alistava-se na policia e garantia o seu lugar ao sol. Muitos estão lá para garantir os seus lugares nas secretarias o mais rápido possível. Já somos atendidos por médicos do SNS que vêm do leste, o que virá a seguir??? KGB reciclado??? BOPE aerotransportado?? Ou então adoptamos o modelo Americano das milicias de bairro e viva a justiça popular!!!!

Sebastião Batalha disse...

Acima de tudo impõe-se, rapidamente, uma reestruturação orgânica e material das forças armadas: nenhum Estado pode sobreviver sem ter uma força policial ou militar que proteja os seus cidadãos, e que esteja ao mesmo tempo correctamente equipada e habilitada legalmente a cumprir o seu serviço.
Em Portugal, nenhuma das três condições base está adquirida: temos poucos polícias e maioritariamente mal preparados, material obsoleto ou impróprio para usar e constrangimentos na lei que impedem a lei de cumprir o seu dever( despacho ministerial que impede os policias de dispararem, mesmo em situaçoes de auto-defesa.)
O que temos hoje é o prototipo de um Estado em que por força destes constrangimentos os polícias são carne para canhão nas ruas. E como as coisas estão, dentro de pouco tempo começaremos a ser testemunhas disso.
Abraço

Sebastião Batalha disse...

Pavel, digo-te já que a ideia das milícias de bairro não é, de todo, uma má ideia: porque a policia não pode patrulhar em todo o lado, e até para efeitos de poupança de recursos seria uma ideia interessante.
Houve o tempo, em que as milícias da mocidade portuguesa faziam o papel de guardião da sociedade e da população e as estatisticas mostram que a criminalidade nunca foi tão baixa.
Seria sem duvida uma boa ideia, se houvesse coragem politica e institucional para o implementar.
Vou-me calar senão ainda me vêem para aqui chamar saudosista ou fascista.
Abraço

Anónimo disse...

O povo está desunido e ninguém quer saber do vizinho do lado. As noticias que vemos diariamente assustam. As milicias que sem dúvida teriam um papel unificador. É preciso restruturar as forças policiais, mas parece que o Socas pensa em reduzir o orçamento para o ano de 2009. No ano passado também conseguiu fechar a Escola de Polícia a novos formandos. O Socas pensava mesmo que estava na "sua" Finlândia.
Quanto à ideia que dei no meu primeiro comentário, a mesma é disparatada, mas veio-me à cabeça porque conheço emigrantes de leste, trabalhadores e que não puderam concorrer para policias apesar de terem formação superior por não serem portugueses apesar de estarem devidamente legalizados.

Sebastião Batalha disse...

Ainda há pouco tempo, fiz uma visita à escola de policia de torres novas, e sinceramente gostei do que vi: os formandos levavam aquilo a sério, e via-se claramente que não era por falta de preparação que as coisas não andam na ordem.
O grande problema é o desinvestimento estrutural( não se podem usar 42 mil novas armas por falta de coldres o que é ridículo), a ideia tipicamente de esquerda de que os policias não têm legitimidade para abater os criminosos, que abatem os cidadãos sem misericórdia, e claro uma classe politica incompetente que apenas nos vilipendia, e se está maribando para a segurança comum.
Muitas vezes ouvi, e cada vez mais me convenço disso, de que a única coisa que ainda sustém as nossas forças armadas é um grande, enorme, coração. Quando isso acabar, não sei sinceramente entramos num( ainda maior) clima de guerra civil.

Anónimo disse...

Concordo com o shalazaskha. Nos últimos anos o pessoal que tem entrado para a escola de polícia tem levado aquilo mais a sério, até porque nos últimos concursos haviam 10 mil candidatos para 800 vagas. Logo a triagem foi maior. O problema vem do passado. Mas não é só na polícia. Mesmo os professores, médicos, enfermeiros e outros funcionários do estado mais jovens demonstram-se mais capazes e competentes e sobretudo interessados. Em gerações anteriores reinou o regabofe que deu origem às piadas sobre os funcionários públicos. Quanto mais mal tratados são, mais trabalham. No tempo em que a liberdade era muita houve muita gente a fazer boas vidas e a reformar-se cedo demais. Agora temos que arcar com essas reformas...
A única classe que continua a fazer vida de luxo à custa dos contribuintes é a classe política. É preciso varrer aquela corja de lá para fora o mais rápido possível.