«Pela segunda vez consecutiva, os irlandeses tiveram de repetir o seu voto sobre um tratado europeu. Pela segunda vez consecutiva, acabaram por engoli-lo. Mas ninguém, com seriedade, devia ficar contente, pois todos sabem que em boa parte, senão na maioria, dos países europeus, se o Tratado de Lisboa fosse a votos não passaria. Só votaram os irlandeses porque tinham de cumprir a sua Constituição. Os outros evitaram fazê-lo. E tiveram de novo de votar duas vezes, até votarem “certo”, o que só pode repugnar quem preza o respeito pela vontade dos eleitores.
É triste porque cria uma ilusão de democracia europeia que, por mais retórica que exista, é um mito e continuará a ser um mito.»
José Manuel Fernandes, Público, 4-Out-2009
04/10/2009
'Trabalhos Forçados' na Construção Europeia
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