Os mitos do Estado salvador, criador de riqueza e de empregos estão, felizmente, a ser desmascarados. Só a economia privada pode criar riqueza e trabalho. Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, mas para isso é preciso aumentar a produtividade e pôr a Justiça a funcionar. Sem estes dois factores o futuro será, como sempre foi, a emigração. Triste sina esta a dos portugueses.
António Ribeiro Ferreira, Correio da Manhã, 15-Jan-2010
Desde o século XV que Portugal é um país de emigração. Exportamos mais homens e mulheres nos últimos quinhentos anos que cortiça, vinho ou azeite. Aqui há uns anos, em altura de Fundos de Coesão, vacas gordas e vacas loucas, dizia-se, com fundamentos númericos, que eramos agora um país de imigração, sintoma de país desenvolvido. Tinhamos deixado de ser um atrasado país de emigração, a salto ou com carta de chamada.
Mas logo depois algo sucedeu: o timoneiro fugiu antes da tripulação. Arreda arreda, lá vai ele, arranjou um cargo internacional, com menos contas e mais prestígio. Porque aqui os almoços grátis já tinham acabado e era altura de pagar a factura. Esfumou-se a ilusão europeia quando acabou o dinheiro que se amandava para cima dos portugueses. Pois bem, e assim voltamos a caminhar com os dois pés no chão, desta vez com um deficit pela mão e uma tanga à cintura. Os do próximo oriente e das américas deixaram de vir para cá, e os de cá, sem onde se empregarem, voltaram a ir à sorte pelo mundo. Como sempre foi.
17/01/2010
Emigração
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