Dez anos depois, A Cartilha está de volta.

08/12/2009

Uma empresa que não seja capaz de pagar o Salário Mínimo Nacional, não deve existir.

«Numa economia dinâmica, uma empresa que apenas subsista baseada em baixos salários, morre quando os seus trabalhadores se mudam para as novas empresas que vão surgindo e que só encontram espaço para nascer se remunerarem melhor os seus funcionários – como é óbvio, ninguém muda para pior. Esta foi a lógica pela qual a indústria baseada em mão-de-obra intensiva saiu dos países ricos para os países mais pobres. Quando uma empresa fechava, o país ficava mais rico porque as novas empresas têm obrigatoriamente mais valor acrescentado.

O que se está a passar em Portugal é diferente. As empresas que já não são capazes de suportar os custos do trabalho que está na essência do seu funcionamento, não morrem naturalmente ao perder os trabalhadores para a concorrência. Não morrem por falta de competitividade ou por obsolescência. Morrem artificialmente, por imposição legal e os trabalhadores, em vez de mudarem para melhor, vão para o desemprego.

Por cada má empresa que encerra sem ser substituída por algo melhor, ficamos mais pobres. Não é uma questão de decência. O que se anda a fazer com o Salário Mínimo, é bem indecente. Demagogia, populismo e inconsciência a rodos. Numa palavra, socialismo.»


João Caetano Dias, Blasfémias, 07-Dec-2009

1 comentário:

Sebastião Batalha disse...

Sonho com o dia em que esta merda chamada salário mínimo dê lugar aos salários por objectivos de produtividade. Quem trabalha e produz deve ser recompensado na sua justa medida.Quem nada faz deve receber na mesma medida.

Claro que com estes politicos e gestores idiotas que temos no nosso país, será impossivel isto acontecer.

Fica para a 4ªrepública:)